Guaratuba, cidade litorânea do estado do Paraná, é a sede da comunidade rural “Colônia Riozinho”, onde vivem aproximadamente 29 famílias. Distante cerca de 38 km do centro da cidade, o acesso à comunidade se dá por terra (por uma estrada de 16 km de estrada de terra) e por água (pelo Rio São Joãozinho - um dos rios que desembocam na Baía de Guaratuba). Como benfeitorias, a comunidade conta com 42 casas (sendo sete de turistas), seis farinheiras particulares e uma comunitária, escola, campo de futebol, dois bares, um restaurante, uma pousada, dois portos de onde partem as canoas para pescaria ou transporte, cemitério, duas igrejas e um salão paroquial, e área para plantação.
Os moradores contam que os antepassados viviam basicamente do cultivo (principalmente da mandioca e do arroz), da pesca e da caça, atividades que atualmente têm intensa limitação dos órgãos e leis ambientais, sendo que, o cultivo, também sofre limitação pela falta de terras para o plantio. Hoje em dia, grande parte das pessoas da comunidade complementa a renda ou vive do cultivo da mandioca, o que denota a dependência que esta e as antigas gerações tiveram e ainda têm com a terra. As áreas que estas família
s dispõem para plantar estão cada vez menores, pois antes não existia qualquer restrição ao uso das terras adjacentes à comunidade, inclusive no plantio de arroz, que era feito em áreas longínquas ao Riozinho. Os moradores contam que um dos motivos do abandono desta modalidade de cultivo foi a aquisição das áreas onde plantavam (próximas à comunidade do Cubatão) por terceiros e a consequente proibição do uso das mesmas. Outro fato que limitou as áreas para plantio foi a chegada da empresa Comfloresta, que se estabeleceu contiguamente à comunidade e negociou porções de terra com os moradores, porém, a parte a que lhes foi atribuída contém uma considerável área alagada em que não é possível cultivar. Vale ressaltar que alguns moradores (como exemplo o Sr. Olandir) afirmam que a empresa, caso solicitada, cede pequenas porções de terra para plantio, porém, por apenas alguns anos, o que ajuda, mas não mantém a sustentabilidade da cultura da lavoura pela comunidade. Uma outra condição (cada vez mais crescente) que afeta as áreas de plantio é o crescimento do número de famílias, uma vez que as áreas negociadas há aproximadamente três décadas eram suficientes para atender o número de famílias de então, mas, atualmente, esta porção não permite que as famílias possam plantar tanto quanto gostariam ou poderiam. A pouca quantidade de terra também não permite que se mantenha a prática do “pousio” - técnica comumente usada pelos antigos moradores de todo o litoral que consiste em, após a colheita, deixar que a terra repouse e crie vegetação natural (sem plantações) por alguns anos, para que o solo se fortaleça e ofereça melhores condições de plantio. O cultivo realizado no Riozinho tem dois aspectos culturais muito marcantes: a prática do mutirão e a roça coletiva. A primeira, denominada pelos moradores de “guajú”, consiste na união dos agricultores para o trabalho na roça de determinado morador em um dia e na roça de algum outro morador n’outro dia, e assim os moradores se ajudam para plantar e colher. A roça coletiva, por sua vez, trata-se de uma especificidade do cultivo no Riozinho, pois naquela comunidade os moradores fazem suas plantações em uma área sem demarcações entre uma roça e outra.
Os moradores contam que os antepassados viviam basicamente do cultivo (principalmente da mandioca e do arroz), da pesca e da caça, atividades que atualmente têm intensa limitação dos órgãos e leis ambientais, sendo que, o cultivo, também sofre limitação pela falta de terras para o plantio. Hoje em dia, grande parte das pessoas da comunidade complementa a renda ou vive do cultivo da mandioca, o que denota a dependência que esta e as antigas gerações tiveram e ainda têm com a terra. As áreas que estas família

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